A integração de um aluno que apresente incapacidades físicas, emocionais ou intelectuais numa escola ou turma exige, não apenas a disponibilização dos recursos e ferramentas adequadas ao seu caso, como ser devidamente acolhido e integrado no grupo turma. Os educadores e professores podem implementar actividades de integração que permitam a percepção das dificuldades que um aluno, com uma qualquer incapacidade, pode experimentar no dia-a-dia.

A percepção da diversidade das necessidades individuais é um factor que deve ser trabalhado no âmbito da formação cívica dos alunos. Sendo o jogo um poderoso agente motivacional, poderá ser utilizado para vivenciar as dificuldades resultantes da disfuncionalidade de um ou mais canais sensoriais do indivíduo ou da capacidade de comunicação.

Assim, jogos que envolvam a limitação da visão, audição ou locomoção (total ou parcial) em diversos contextos: ver televisão, trabalhar no computador, ver um quadro, contemplar uma paisagem, movimentar-se no espaço escolar, vestir, comer ou manipular dinheiro (notas e moedas) podem ser uma oportunidade para experienciar e discutir as possíveis causas, dificuldades sentidas e condições que devem ser criadas para permitir a maior independência possível do indivíduo.

A necessidade de comunicar para um invisual, surdo-mudo ou falante de língua estrangeira num novo país de acolhimento pode ser também trabalhada sob a forma de jogo, no sentido de se discutir as estratégias que terão de ser postas em prática para que possa existir uma comunicação minimamente eficiente.